Gesto de amor, humano

Em meio ao noticiário pesado do dia a dia, que traz hoje a eleição do vereador Marquinhos Ferreira para a presidência da Câmara, a possibilidade de renegociação de dívidas com a CDHU para mais de 7 mil mutuários na região e a oportunidade de emprego proporcionada pelos concursos abertos pelo Consirc, a reportagem que trata sobre a doação de múltiplos órgãos faz refletir. Primeiro porque ela realmente difere das demais; afinal, as captações de órgãos não são rotineiras, infelizmente. Segundo porque o leitor mais atento certamente se atentou para o trecho que diz que “a generosidade da família em doar os órgãos retirou da fila de espera por transplante três pessoas, um com problemas hepáticos e dois que sairão da rotina dialítica”. Quem tem um pouco mais de sensibilidade concluiu, na mesma hora, que essas três pessoas sofriam e que o transplante de órgãos representa esperança, vida nova. Ao mesmo tempo que a família enlutada sofre, ela possibilita sorrisos de outras pessoas que, apesar de desconhecidas, passarão a estar ligadas para sempre umas às outras. Não há como não parar para pensar que as doações múltiplas ou únicas, não importa, poderiam ser constantes. Que as pessoas não temam, por qualquer motivo que for, fazer o bem a quem clama por essa ajuda que, se não for considerada divina, certamente é abençoada. Isso vai além de ser generoso, é ser humano.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.