Gastar cada vez menos

Historicamente, a Câmara de Catanduva gastava quase tudo a que tinha direito, pedindo o máximo previsto em lei para o seu orçamento e destinando todo o recurso para onde conseguisse, sobretudo para as ampliações e reformas intermináveis. Chegou a R$ 11 milhões, talvez até perto dos R$ 13 milhões. E olha que, apesar de tanto gasto, alguns problemas estruturais do prédio permanecem até hoje, tal como o acervo histórico no subsolo.

Foi muito dinheiro, mas que nem sempre foi bem investido. Nos últimos anos, a partir da presidência do vereador Luís Pereira, traçou-se nova marca como referência para as despesas do Legislativo, comprovando-se em números que é possível gastar bem menos. No ano passado e no primeiro quadrimestre deste ano, com Gleison Begalli, nova queda de gastos e 2021 foi o melhor resultado, no que se refere ao gasto per capita, da série histórica iniciada em 2018.

Apesar do avanço, a existência de Botucatu e outras tantas cidades à frente de Catanduva no 'Mapa das Câmaras', com padrão semelhante à Cidade Feitiço, mas gastando bem menos, mostra que seria possível ir além e gastar ainda menos. Isso permitiria que mais recursos ficassem à disposição da Prefeitura para investimentos e que a Câmara, claro, definisse de forma ainda mais criteriosa o uso do seu orçamento.

Mas parece que isso não irá acontecer tão já, digamos que talvez porque o cenário político não permita. A tendência, na futura presidência e a depender de quem assumir, é até oposta, colocando fim num período de mais respeito com o dinheiro público.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.