Garantir direitos e proteção

Nas situações de violência, as mulheres percebem-se limitadas em diversos de seus direitos e, por ser a violência de gênero um problema multidimensional e complexo, deve ser combatida e tratada com políticas públicas adequadas, contando com a utilização de todo aparato estatal. Neste sentido, a Casa Abrigo proposta pelo prefeito Padre Osvaldo pode representar espaço de segurança, proteção, reconstrução da cidadania, resgate da autoestima e empoderamento das mulheres. É uma ferramenta que vem se mostrando cada vez mais necessária, diante das estatísticas crescentes da violência doméstica no país, apesar dos avanços obtidos pela Lei Maria da Penha. O trabalho que será assumido pelo poder público é desafiador e complexo, como bem disse Marcela Alvares, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, em depoimento ao jornal O Regional. Ela também acerta ao frisar que as mulheres precisam ser olhadas de forma humanizada com intuito de garantir seus direitos e, principalmente, suas vidas. A verdade é que, a partir disso, a intervenção da gestão pública não poderá parar por aí, pois há outras demandas necessárias e serviços que precisam ser aprimorados, inclusive na área de segurança pública, em que as mulheres precisam ser melhor acolhidas nas delegacias e fóruns. O abrigamento que deverá ser oferecido pela prefeitura, após aval legislativo, não deve se resumir à oferta de um albergue, mas ser rodeado de medidas, programas e benefícios que assegurem o bem-estar físico, psicológico e social das mulheres em situação de violência, assim como sua segurança pessoal e familiar. É um passo que pode representar vida nova e salvação.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.