Fome em evidência

Não se constitui em novidade para uma grande parte da população a situação em que se encontram os problemas da fome no mundo, onde abrange 735 milhões de pessoas nesse patamar, segundo relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), mostra com muita precisão o quanto precisa evoluir em termos de igualdade social.

Além desse aspecto inicial, consiste no desenvolvimento e qualidade de vida, além dos 700 milhões que precisam de socorro urgente, ainda existem mais de 2,3 bilhões de pessoas ao redor do planeta clamando por alguma segurança alimentar.

Há de se abordar com certa exclusividade o fato de que, embora uma das situações seja mais grave, as duas são extremamente preocupantes e desafiadoras aos governos e à própria sociedade à medida que crescem os números de pessoas sem teto e desnutridas em toda a sua extensão.

No Brasil, por exemplo, segundo a Organização, são 21 milhões de pessoas que não têm o que comer todos os dias e 70,3 milhões em estado de escassez no campo da alimentação, enquanto nas camadas ricas o desperdício de alimentos vai para o lixo diariamente.

Na mesma semana em que a ONU trazia os estarrecedores números sobre a fome, uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), que trata dos prejuízos que a falta de alimentação pode trazer às pessoas carentes nesse campo sério e de desafios ao governo, no sentido de realizar algumas formas para amenizar esta situação que, a cada dia que passa, os noticiários se encarregam de enfatizar a necessidade de alguma solução viável em favor dos menos favorecidos pela sorte.

Estudos nesse campo já apontaram as dificuldades enfrentadas por crianças desnutridas ao longo de toda a vida e que não seriam somente em relação às condições físicas, como também redistribuição de renda podem colaborar para mudar esta triste realidade.

A campanha de arrecadação de cestas básicas da Obras Sociais Missionários da Compaixão nasce com o objetivo de minimizar a fome das famílias em vulnerabilidade social de periferias de várias cidades do mundo inteiro. A Missionários da Compaixão nasceu há 21 anos e oferece um atendimento amplo e gratuito distribuído nas áreas de educação, assistência social, cultura, qualificação profissional e saúde.

Os novos dados e números constatados pela ONU sobre insegurança alimentar são assustadores, tanto é que atualmente mais de 33 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança no campo sofrível de alimentação, e que, à medida que os dias se sucedem, as preocupações se redobram em face de um problema social e que se estende ao longo de muitos anos.

Graças às doações que acontecem em todos os quadrantes da Pátria, as famílias carentes conseguem o beneplácito de centenas de cestas básicas que, de uma forma com a qual é distribuída, é possível presenteá-las com este gesto louvável de algumas assistências sociais, visando, efetivamente, dar combate a essa necessidade fundamental.

Combate à fome, alimentação saudável, formação de empreendedores, amparo em tragédias, são projetos que ajudam nessa luta àqueles que se encontram na escassez absoluta de uma retaguarda e amparo não somente ao chefe de família, mas de uma forma especial às crianças desnutridas que serão o futuro do Brasil, contribuindo com aquilo que possam oferecer em benefício da Nação.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.