A região tem muitos eventos relevantes para o calendário cultural e turístico de São Paulo, a exemplo das festas de peão, carnavais, festivais de dança e teatro – com destaque para o FIT, enfim, são muitos a citar. Vale frisar, porém, que talvez o mais importante deles seja o Festival Nacional do Folclore de Olímpia. Trata-se de um verdadeiro encontro da cultura brasileira. Além de preservar e manter a cultura popular, o festival fomenta o comércio, o turismo e os serviços na cidade e em toda região noroeste do Estado de São Paulo. Olímpia mantém e incentiva durante todo o ano grupos folclóricos locais, algo que certamente não acontece em nenhuma outra localidade do interior paulista. É algo tão profundo que remete a grandes festas do país, que não terminam em si próprias, mas envolvem a comunidade ao longo de meses, a exemplo do Festival Folclórico de Parintins, com as toadas dos bois Garantido e Caprichoso, do São João de Campina Grande ou mesmo do tradicional Desfile de Carnaval do Rio de Janeiro. Tudo começou com José Sant’anna, que durante sua atividade pedagógica em meados da década de 50, descobriu a vocação ao estudo do folclore brasileiro, tornando-se desde então um atuante folclorólogo. Ao elaborar pesquisas e exposições sobre o assunto no âmbito escolar, o professor as transcendeu às ruas olimpienses, realizando em 1965 o 1º Festival do Folclore de Olímpia, evento que é hoje detentor de alto prestígio e que em razão de tais méritos ganhou projeção nacional, garantindo para Olímpia o consagrado título de “Capital do Folclore”, instituído pela lei federal nº 13.566/2017. José Sant’anna foi, portanto, o criador dos festivais do folclore, e esse legado vem sendo perpetuado com o resgate e preservação das manifestações da cultura de todas as regiões do país – muitas delas já em rota de extinção, que veem em Olímpia a motivação para continuarem vivas. Quem prestigiar o evento certamente presenciará essa realidade, a interação entre as várias culturas e entenderá que essa tradição precisa, de fato, continuar.