Filme do momento

Desde que nasci, foram cinco Papas: Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Estou indo para o sexto. A morte de um Papa e sua sucessão, por serem eventos fechados, repletos de rituais e mistérios, sempre fascinaram o imaginário popular. Com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, o tema volta aos holofotes, especialmente com a iminência de um novo conclave, nome que se dá à eleição de um novo Papa.
No cinema e na televisão, o Papa e o processo de escolha de um novo pontífice já foram retratados de diversas formas, misturando realidade e ficção para revelar os bastidores do Vaticano. Os mais antigos, são “O Cardeal” (1963), onde um jovem sacerdote enfrenta dilemas morais enquanto ascende na hierarquia da Igreja Católica. O filme retrata os bastidores das decisões e conflitos internos que moldam o caminho até o papado. O mais famoso foi “As Sandálias do Pescador” (1968), com Anthony Quinn e Lawrence Olivier. Após anos preso na União Soviética, um cardeal ucraniano é eleito papa em meio a uma crise global. O filme acompanha o conclave e os desafios políticos que marcam seu pontificado, trazendo um retrato das tensões internacionais que pesavam sobre o Vaticano.
Existem alguns filmes biográficos: “João Paulo II” (2005), estrelado por John Voight, narra a trajetória de Karol Wojtyła, desde sua juventude na Polônia até sua eleição como Papa João Paulo II. Em “O Papa do Povo” (2015), Rodrigo de la Serna interpreta Jorge Mario Bergoglio, o futuro Papa Francisco. O filme acompanha sua trajetória desde a juventude na Argentina até sua eleição. Do ponto de vista filosófico, o filme “Dois Papas“ (2019), explora a transição de liderança entre o conservador Papa Bento XVI e o progressista e futuro Papa Francisco. Estrelado por Anthony Hopkins e Jonathan Pryce. Uma ficção bem feita é “Conclave” (2024), com Ralph Fiennes interpretando o cardeal encarregado de coordenar a eleição do novo papa após a morte do pontífice. O filme revela alianças, traições e os bastidores tensos do Vaticano. Retrata bem o processo de eleição propriamente dito.
Outros filmes menos importantes são “Habemus Papam” (2011), onde um cardeal recém eleito Papa entra em crise de ansiedade e foge antes de assumir o cargo. “Anjos e Demônios” (2009), conta com Tom Hanks que corre contra o tempo para desvendar um complô que ameaça destruir o Vaticano durante um conclave. Tem ainda “O Exorcista do Papa” (2023), “O Sequestro do Papa” (2023) e séries televisivas satíricas como “The Young Pope” (2016) e sua continuação, “The New Pope” (2020). Estas, tratam dos conflitos de poder, fé e identidade dentro da Igreja.
Para quem gosta do assunto, são bons passatempos. Talvez ajude a entender um pouco melhor o que certamente dominará o noticiário nos próximos dias.
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