Falta 1 ano para escolhermos prefeitos e vereadores
Em outubro do próximo ano será hora de 156 milhões 454 mil eleitores irem às urnas escolherem 5.472 prefeitos e vices, sabendo que alguns deles sequer chegarão a tomar posse devido aos problemas enfrentados na justiça, compra de votos, uso da máquina em benefício e tantos outros deslizes tão comuns em pleitos eleitorais. Os eleitores irão às urnas para eleger 58.208 vereadores.
De mesmo modo, alguns sequer chegarão a assumir suas vagas, uma vez que também enfrentarão as barras da Justiça, seja por improbidade, erros na prestação de contas e "mutreta" no repasse na cota feminina ou, simplesmente por inflarem seus partidos com nomes "emprestados" para completar a lista. Outros assumirão e, depois cederão as vagas para os verdadeiros detentores por direito daquelas cadeiras.
Há ainda alguns, principalmente nas capitais, que assumirão vagas de secretários nos governos municipais e deixarão os suplentes, dependentes dos prefeitos para garantir maioria na hora das votações. O verdadeiro poder político é o poder legislativo dos governos locais, mas são os menos organizados em termos de coesão e coesão. Achamos que o nosso papel na sociedade é limitado, mas somos mais importantes do que pensamos. Atuamos em sub-regiões, municípios, mas os nossos interesses políticos são muito saudáveis para o país.
Muitos vereadores entendem, acreditam e batem o pé que dependem dos prefeitos para trabalharem. Deixam de fiscalizar o Executivo, fazem vistas grossas aos desmandos e às falcatruas que acabam acontecendo e ainda defendem, de peito aberto, os mandatários em muitas cidades. Já os administradores, ou gestores, como alguns gostam de ser chamados, que fazem o certinho, evitam propinas, demitem os que tentam levar vantagens pessoais, acabam fadados a um mandato apenas. Logo são substituídos pelos espertalhões que sabem bem como "manipular" a máquina dos contratos.
O brasileiro hoje tem as redes sociais para comentarem, emitirem opinião e falar mal de quem quer que seja. No entanto, alguns falam, falam, falam e não dizem nada. Isso porque temem serem prejudicados por quatro anos seguintes. Infelizmente, o medo da máquina administrativa e das perseguições acontecem e, na época em que emprego que paga bem está difícil e garantia de salário certo no final do mês escasso, vale tudo para tentar arrumar uma "boquinha" no Poder Executivo municipal.
Então, mais do que 5.472 vagas de prefeitos está em jogo, mas dobre isso com os vices e, acrescente aí os secretários, adjuntos, assessores, "aspones e chepones". Haja dinheiro de impostos e repasses para sustentar este paquiderme municipal.
Gregório José
Jornalista, radialista e filósofo
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