Explicações não convencem

As críticas feitas pela colaboradora deste periódico sobre o atendimento experimentado por ela na UPA de Catanduva agora se juntam a inúmeras outras feitas diariamente por populares que buscam pelo serviço mantido pela Associação Mahatma Gandhi. Ela chegou à unidade no período noturno e não relatou lotação, mas mesmo assim foi longo o tempo transcorrido da chegada ao momento que foi embora, sem alta médica. Para piorar, as horas passadas ali não foram nada proveitosas, no sentido de ter suas dores amenizadas e possível diagnóstico para o problema. Ela relata que correu o risco de ter recebido medicação para a qual é alérgica, apesar de ter avisado três profissionais diferentes sobre isso: na triagem, na consulta médica e na farmácia. Já a gerência da UPA alega que a medicação citada não existe na unidade, mas não explica porque, apesar disso, a prescrição feita inicialmente precisou ser alterada pela equipe. A paciente também diz que não conseguiu passar por reavaliação médica depois que recebeu o soro e não sentiu as dores diminuirem. Tal fato fica pairando no ar quando o gestor argumenta que toda a equipe médica estava atuando normalmente naquela noite. Por qual motivo, então, ela não foi encaminhada a outro médico e ficou esquecida ali, com o soro encaixado em sua veia? A aparente apatia da equipe de saúde, que a deixou caminhar sozinha pelos corredores e até a ir embora sem qualquer tipo de abordagem, mostra que as pessoas que trabalham na UPA não estavam lá muito atentas aos pacientes, apesar da aparente calmaria naquela data. Um local que deveria prestar socorro e garantir a vida, se tomarmos como base mais esse relato negativo, parece estar mais destinado a seguir a lei do mínimo esforço, a despeito dos riscos envolvidos.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.