Exercício Físico: remédio para dores da menopausa

Fogachos, depressão e insônia são todos sintomas bem conhecidos no processo da menopausa. Todavia, algo muito importante que deveríamos saber desta fase é sobre a degeneração articular. A menopausa é um processo caracterizado pela queda dos níveis hormonais, especialmente estrogênicos e está amplamente associada a alterações nas articulações. A falta de hormônios inclui a modificação da lubrificação das articulações. Estudos demonstram que mudanças nesta composição afetam o bom funcionamento articular contribuindo para dor e rigidez.

A queda ou alteração funcional do líquido sinovial pode influenciar na lubrificação e a nutrição da cartilagem, favorecendo processos inflamatórios na articulação. Isso justifica, por exemplo, a grande quantidade de mulheres que sentem dores nos ombros pós menopausa (incluindo a “Síndrome do ombro congelado”).

O exercício físico surge como estratégia não farmacológica eficaz: exercícios moderados como Pilates e Musculação melhoram a função muscular e articular. Ainda, trazem redução da dor e rigidez, atenuando os efeitos da deficiência estrogênica sobre a articulação. Revisões e ensaios clínicos em mulheres menopausadas relatam melhora nos sintomas climatéricos e na qualidade de vida após programas de exercício regular. O exercício atua tanto por efeito mecânico (nutrição e lubrificação) quanto bioquímico (modulação inflamatória).

Em resumo, evidências científicas indicam que a menopausa influencia negativamente a saúde articular, enquanto programas regulares de exercício moderado de fortalecimento representam intervenção segura e eficaz para melhorar lubrificação, função e sintomas articulares nesta fase. Recomenda-se treino de fortalecimento 3 vezes por semana ou mais, sempre orientado por profissional de saúde para um programa bem sucedido.

Autor

Paula Alonso
Proprietária do Studio de Pilates Paula Alonso Saúde (Catanduva); Profissional de Educação Física; Certificação Internacional Polestar Pilates