Exemplos que permanecem

As histórias envolvendo duas crianças autistas, contadas em reportagens do final de semana, mostram que as coisas estão mudando. Lentamente, mas mudando. Na primeira, Roseli Batista, que é ativista e integrante do grupo de mães TEApoio, deu seu depoimento pessoal sobre a experiência positiva que teve do uso do cordão de girassol ao passear com o filho em parques da capital paulista. A identificação, segundo ela, facilitou o acesso aos espaços e influenciou de forma direta no comportamento de quem atendeu seu filho durante os dias de turismo em terras paulistanas. A partir daí, ela está compartilhando a história para estimular outras mães e pais a utilizarem o colar em seus filhos, estimulando uma roda positiva de informação: quanto mais gente usar, mais gente saberá do que se trata e, ao mesmo tempo, os estabelecimentos terão de se preparar para receber esse público – treinando suas equipes e fazendo as adaptações que se mostrarem necessárias. A segunda história que trouxemos foi a do menino Pedro Henrique, que tem como hiperfoco a rede de supermercados Iquegami e, claro, o Japonesinho que é mascote da empresa. Tanto que ele quis que sua festa de aniversário de 8 anos tivesse o supermercado como tema de decoração e, para atende-lo, a família estava se virando como podia. Até que sua terapeuta fez o relato nas redes sociais e o Iquegami abraçou a ideia. Resultado: Pedro ganhou uma festa completa em uma das lojas da rede na cidade, com salgadinho, bolo e todos os itens personalizados. Pelos dois lados, a coisa fluiu de forma tão natural que chega a emocionar. A empresa não fez grande barulho ao promover a festa, pois ficou visível que o objetivo não era comercial, visando atrair clientes. Ainda assim, tal conduta irá, em longo prazo, atrair clientes: seja os pais e mães de crianças autistas, seja àqueles que reconhecerão e escolherão a marca porque ela respeita as diferenças. E todo mundo quer ser respeitado tal como é na vida.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.