A agricultura familiar é caracterizada pela produção agrícola conduzida por pequenos produtores rurais, muitas vezes em pequenas propriedades e praticada pela própria família que vive no local onde a atividade é realizada. Esse modelo desempenha papel crucial no desenvolvimento sustentável do país, na segurança alimentar, na inclusão social e na distribuição de renda no campo. A agricultura familiar é responsável por grande parte da produção de alimentos básicos consumidos no Brasil, como arroz, feijão, mandioca, milho, frutas e hortaliças. Ela contribui para a segurança alimentar, à medida que garante o acesso a alimentos frescos e saudáveis para a população. Ou seja, ter uma agricultura familiar forte é sinal de comida na mesa, geração de emprego e renda, paz no campo e bom funcionamento da economia. Atualmente, por mais pujante que seja a economia de Catanduva, a região consome muito mais alimentos do que produz e essa lógica pode ser invertida a partir de políticas públicas voltadas para os produtores rurais. O Seminário de Reconstrução da Política Territorial, realizado ontem na cidade, cumpre exatamente esse papel: é passo necessário para organizar território e definir representantes que possam dialogar com os poderes nacionais em busca de oportunidades e valorização. A iniciativa partiu da Cooperativa de Produtores e Pescadores de Novo Horizonte, que recentemente fez um Encontro da Agricultura Familiar em sua cidade de origem. Isso mostra, inclusive, que Catanduva precisaria estar mais atenta a essa demanda e que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura precisaria agir, efetivamente, pela agricultura local para não ostentar tal termo apenas em sua denominação.