Estiagem e seus efeitos

Nesta época em que vivemos, onde se concentra a maior das estiagens, o bom senso recomenda que se beba bastante água, já que a desidratação é um risco sério, principalmente às crianças e idosos.

Além disso, pede-se também o bom senso a prática de se evitar objetos que acumulam poeira, como tapetes, cortinas e bichos de pelúcia, estando neste contexto ar condicionado, pois resseca ainda mais o ar, este mesmo ar que aspiramos e respiramos durante a trajetória dos dias que se sucedem.

Há de se ressaltar a esta oportunidade que a estiagem é o resultado da redução de água, atraso da ausência de chuvas previstas para uma determinada temporada, assim é que nesta época o ar fica mais seco, propiciando problemas respiratórios, gripes e alergias, próprias do momento, porém, na esperança de que teremos brevemente a presença das chuvas.

Pode ocorrer, à vista do que narramos até aqui, racionamento de água por conta da sua diminuição nos reservatórios e rios, além da falta de energia elétrica, pois grande parte da eletricidade no Brasil é produzida por usinas hidrelétricas, aumentando também o perigo de incêndios em matas e florestas.

Há de se fazer alusão aos incêndios ocorridos no Havaí, o mais letal ocorrido nos Estados Unidos em mais de um século, subindo para 99 o número de pessoas desaparecidas em função das queimadas de grandes proporções, mas o número pode dobrar durante os dias sequentes, alertaram as autoridades daquele país.

Durante os próximos 10 dias, a tendência é de que o número já mencionado das pessoas que perderam a vida pode tomar dimensões maiores, afirmou o governador do Havaí, Josh Green a um dos canais de televisão nesta última segunda-feira, dia 14 do corrente, depois de anunciar a descoberta de mais corpos, o que elevou o número inicial da tragédia que corresponde às 99 vítimas fatais.

O balanço aumenta à medida que as equipes de emergência com o auxílio de cães farejadores que avançam nos trabalhos de busca entre casas e veículos incendiados e, nessas condições, as equipes de resgate devem encontrar de 10 a 20 pessoas por dia, soterradas em meio à tragédia, até que terminem o seu trabalho, alertou o governador Josh Green.

Compreende-se como estiagem período prolongado sem nenhum registro de chuva em que a perda de umidade do solo é superior à sua reposição, a fim de que a normalidade se estenda por todo o território nacional, onde a necessidade pelo aparecimento das chuvas se redobra, um fato imprescindível até mesmo para as pastagens e para as colheitas em grão de toda a espécie, já que o Brasil é considerado um dos maiores produtores de alimentos oriundos da terra.

A seca provoca impactos que vão do além do fornecimento de água ao abastecimento público de cada cidade brasileira, portanto, já são contabilizadas perdas consideráveis correspondentes à produção agrícola, tanto é que há um aumento na ocorrência de incêndios em todo Estado de São Paulo, bem como em outras unidades da Federação ainda não contempladas com o advento da umidade do solo e de outras situações pertinentes à necessidade de água para a sobrevivência sadia dos próprios vegetais.

As secas provocam grandes perdas de colheitas de diversos cereais, erosão do solo, morte de gado e até fome, já que as pastagens desaparecem, escassez de alimentos a longo prazo que pode levar à desnutrição dos bovinos que compreendem o rebanho e o próprio abastecimento, aqueles que são abatidos diariamente em todo o país para alimentar as necessidades de consumo da carne para milhões que dependem desse tipo de alimentação.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.