A queda de 25% no número de mortes no trânsito em Catanduva de janeiro a setembro é um avanço significativo, mas ainda há muito a ser feito para alcançar o objetivo de quase zero óbitos. Para isso, é essencial um esforço conjunto das autoridades e da população. A fiscalização precisa ser intensificada para que as leis de trânsito sejam respeitadas, mas também é preciso promover campanhas educativas com diferentes públicos – algo que não se vê há tempos por aqui. Aliás, considerando que todas as vítimas recentes foram do sexo masculino, é importante direcionar ações específicas para esse público. Outra necessidade é a melhoria da infraestrutura viária, com asfalto adequado e a devida sinalização, com a consciência que espalhar lombadas para todos os lados não é solução. Também é preciso investir em tecnologias e implementar políticas públicas que incentivem o uso de transporte público e meios de transporte alternativos, reduzindo gargalos do trânsito. A população, por sua vez, precisa respeitar as leis de trânsito e, claro, não dirigir sob efeito de álcool ou drogas. É imprescindível evitar distrações ao volante, como o uso de celular – algo corriqueiro pelas ruas. Também é necessário ser um pedestre consciente, que atravessa a rua nas faixas, respeita os semáforos e evita locais de risco. Compartilhar informações sobre segurança no trânsito com amigos e familiares e denunciar infrações às autoridades também são condutas interessantes. Mas, afinal, a redução a quase zero é possível? Embora seja um desafio ambicioso, a redução a quase zero de mortes no trânsito é possível com um esforço contínuo e coordenado de todos os envolvidos. Países como a Suécia e a Noruega já alcançaram níveis muito baixos de mortalidade no trânsito, demonstrando que é possível salvar vidas com medidas eficazes e desestimulando comportamentos de risco.