Escudo de proteção
O alerta da Secretaria Municipal de Saúde sobre o avanço da síndrome gripal entre crianças, com apenas 50% de cobertura vacinal, ressalta uma missão fundamental dos pais e responsáveis: garantir a imunização completa dos filhos contra a gripe e as demais doenças preveníveis. A baixa adesão, aquém da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde, coloca parcela significativa da população infantil em risco desnecessário. Levar a criança para receber as doses recomendadas é o ato preventivo mais eficaz que a família pode exercer. A vacina contra a gripe, por exemplo, não protege apenas o indivíduo vacinado; ela contribui para a imunidade de rebanho, protegendo bebês muito novos ou crianças com condições de saúde que as impedem de serem vacinadas. Ao vacinar, os pais exercem uma dupla cidadania: protegem seu filho e zelam pela saúde coletiva da comunidade, impedindo a circulação descontrolada de vírus. Embora o alerta atual seja sobre a gripe, a responsabilidade se estende a todo o calendário vacinal. Doenças como sarampo, poliomielite, coqueluche e outras, que já foram grandes ameaças, permanecem controladas apenas graças à manutenção das altas taxas de vacinação. A negligência em relação ao calendário básico fragiliza décadas de avanços na saúde pública e pode levar ao ressurgimento de epidemias graves. Para os pais e responsáveis, a vacinação é tanto um dever ético quanto legal. É um compromisso com o bem-estar futuro da criança, assegurando que ela tenha a saúde necessária para o pleno desenvolvimento cognitivo e social. A falta de vacinação pode resultar em interrupções no aprendizado, hospitalizações e, nos casos mais graves, sequelas permanentes ou óbito. Portanto, a missão é clara: consulte a caderneta de vacinação, compareça ao posto de saúde e assegure que seu filho(a) esteja com seu escudo de proteção. A saúde infantil é um reflexo direto do cuidado e da vigilância dos seus guardiões.
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