Escolhas
O ato de escolher algo implica em outras tantas possibilidades não escolhidas, ou seja, toda escolha implica na certeza de ter deixado outras tantas possibilidades de lado. Tal ato pode ser gerado pela emoção ou pela razão e traz consigo o chamado ônus e bônus de escolher.
Se gerado pela razão, implica em uma escolha fria, por vezes calculada e meticulosamente selecionada, entretanto, não é isenta de ser uma escolha equivocada. O mesmo se dá pela escolha partindo de um coeficiente emocional, embora tomada pelo caráter passional, não necessariamente será errada ou menos eficiente do que a anterior.
Mas entre todas as formas de escolhas possíveis, a única que realmente é vital e implica na possibilidade de tantas outras acontecerem é a de viver. E aqui abro um parêntese sobre a escolha de viver, não se trata em fazer um paralelo entre vida e morte, mas sim de viver de forma consciente, sendo ator de seu próprio percurso.
Escolher viver é sempre um ato de pesar as boas e más escolhas, sobre suas consequências diárias, de pensar e raciocinar o melhor modo de seguir com sua vida ante outros tantos caminhos, não menos tortuosos, mas que sim, podem fazer ou não diferença em um futuro mais ou menos distante.
Ao escolher viver, destinamos força vital para que nossa consciência ampare nossas decisões, sejam ruins ou não e que saibamos viver com elas ou ainda, sejamos capazes de buscar auxílio quando tais escolhas se fizerem um fardo maior do que conseguimos carregar.
Escolher viver é um gesto de amor próprio, que permite o ser humano ser dono de si próprio a cada passo nesta jornada que é a vida e não podemos relegar aos outros o timão de nosso destino, portanto, escolha viver, por mais difícil que isso pareça e por mais subjetivo que soe. Escolha viver!
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