Escolas sempre abertas

A escola estadual Antônio Maximiano Rodrigues, de Catanduva, oferece aulas de matemática aos sábados, dentro de projeto que tem cerca de 150 unidades da rede estadual chamadas de Escolas Olímpicas, fazendo alusão às olimpíadas de conhecimento. Estudantes de outras unidades de ensino podem frequentar as aulas e a abertura de turmas depende justamente do número de alunos interessados. São elegíveis à participação os medalhistas em olimpíadas de conhecimento, mas os demais também podem pleitear uma vaga mediante anuência da escola e da diretoria de ensino, que avalia o estudante em relação ao grau de dedicação aos estudos e afinidade com o projeto. Manter escolas abertas aos finais para aulas como essa, atividades de reforço escolar, projetos extracurriculares ou mesmo projetos esportivos ou culturais é essencial nos tempos atuais. É um passo importante para oferecer conhecimento que vai além da sala de aula e para manter essas crianças e adolescentes longe dos perigos das ruas. O programa Escola da Família, de outrora, e que teve até mesmo sua versão na rede municipal, é um modelo que precisa ser revivido ou preservado a fim de ofertar novos conteúdos e aprendizados que esse público não consegue ter dentro da grade curricular padrão. Há muito a se ofertar nas áreas educativa, cultural, esportiva, de formação cidadã e até orientação profissional. Claro que há custos para isso, mas também há muitos voluntários e projetos sociais já existentes que podem reforçar esse trabalho, favorecendo que as engrenagens da sociedade girem em favor dos jovens. As escolas precisam estar vivas e estarem sempre abertas, indo além do ensino-aprendizagem. A escola não surgiu para ter um fim em si mesma, para ter muros altos, cercas, alarmes e grades. Elas precisam fazer parte da comunidade e serem cuidadas por ela, pois são locais onde são guardadas riquezas que podem mudar a vida das pessoas. São fontes de conhecimento e vida.
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