Escolas ficam na mira

Uma das coisas que mais deixa o cidadão indignado é quando as regras parecem ser diferentes para ele, uma pessoa comum, e para as autoridades, os amigos do rei. Ou quando há dois pesos e duas medidas no tratamento dado ao contribuinte com relação ao que o poder público faz ou deixa de fazer – sem ser condenado por isso. Quando o assunto é alvará dos Bombeiros, é de se imaginar que qualquer estabelecimento privado tenha que cumprir as determinações a fim de manter suas certificações em dia e, assim, poder funcionar. Diz a lenda que qualquer empresa sem o chamado AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros não conseguirá obter a licença de funcionamento. Em contrapartida, pelo que se vê, para o público as coisas não são bem assim. Fica difícil entender como apenas algumas escolas municipais possuem a liberação do Corpo de Bombeiros e estão aí funcionando normalmente, com centenas de alunos e funcionários. Em resumo feito pelo Ministério Público no início da ação, há cerc de seis meses, das 37 escolas, seis possuíam, duas possuiriam em data próxima, mas todas as demais ainda estavam bem distantes de se encontrarem regularizadas e comprovadamente seguras ao público que frequenta suas dependências. Devido à ação pública em andamento, elas ficaram sob risco de terem as atividades suspensas e serem fechadas. De lá pra cá, pelo que se vê as regularizações ganharam ritmo diante da pressão do Judiciário, pois, caso contrário, é nítido que as adequações seguiriam o rito visto até hoje, marcado pela lentidão. Em mais de uma ocasião, nos autos, o MP chegou a citar que tentava há anos que a regularização acontecesse. Que agora as coisas sejam finalizadas, que as atualizações futuras sejam feitas e toda a comunidade escolar possa respirar aliviada.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.