Equilibrar as contas

Não dá para prever qual será o teor das discussões que acontecerão entre os vereadores, nesta terça-feira, ao debaterem o projeto de lei proposto pelo prefeito Padre Osvaldo que implementa a segregação da massa dos servidores públicos municipais. Talvez nem discutam. Mas, uma coisa precisa ser levada em consideração nessa história: a iniciativa da administração pública em fazer o estudo e buscar solução para o déficit atuarial é mais do que providencial. Afinal, o problema se arrasta há anos e, em gestões anteriores, a difícil relação entre Executivo e Legislativo inviabilizou qualquer diálogo nesse sentido. Agora, aproveitando a boa avaliação do prefeito Padre Osvaldo junto ao funcionalismo, o momento torna-se mais do que oportuno para que as soluções sejam encontradas. O Instituto de Previdência dos Municipiários de Catanduva, o IPMC, precisa ter suas contas equilibradas para resguardar os ganhos dos aposentados que existem hoje, mas, sobretudo, àqueles que vão se aposentar no futuro. Qualquer intervenção nessa autarquia, aliás, precisa ser muito bem discutida e acompanhada de perto pelos próprios trabalhadores, uma vez que isso envolve o futuro deles próprios. A questão também pode interessar à sociedade como um todo, pois, um ponto a ser observado e talvez esclarecido pelo poder público é a elevação da contribuição patronal de 14% para 21%. Esta não pode favorecer o funcionalismo em detrimento da população como um todo, à medida que esse aumento de despesa venha a comprometer as finanças públicas. De qualquer forma, da forma que está, isso é unânime, não dá para continuar e, ao que parece, se o projeto garantirá fôlego para o instituto, sem revelar efeitos colaterais negativos, a tendência é que receba o aval dos parlamentares.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.