Entrega repentina

A história dos uniformes escolares parece aquelas trapalhadas de cinema besteirol. Apesar que ainda faltam cenas para completar esse filme. A não ser que tenha rolado uma acordo de amigos qualquer ou uma suposta determinação judicial para mudar os rumos das coisas, que não tivemos acesso, é bem estranho que o governo Padre Osvaldo tenha levado a briga com a empresa fornecedora até os limites da lei, punindo-a e até proibindo-a de licitar com o município, para mais tarde distribuir os uniformes como novidade, mais de seis meses depois, como se nada tivesse acontecido. Antes de prosseguir, é preciso frisar que, se os uniformes tivessem sido recebidos de imediato pela prefeitura, os alunos não teriam passado o segundo semestre do ano passado inteiro sem as roupas tão necessárias para o dia a dia escolar. Vale lembrar, ainda, que se essa reviravolta não tivesse ocorrido, este seria o terceiro ano do governo Padre Osvaldo sem uniformes escolares nas escolas – o que causaria um desgaste daqueles. Afinal, no primeiro e até no segundo ano, sempre rola aquele discurso de que a culpa é do gestor anterior, ainda que nem todo mundo acredite. Agora, no terceiro e quarto exercícios, a culpa seria de quem, senão de si mesmo? No frigir dos ovos, o desfecho dessa novela não foi dos piores para o poder público, que evitou críticas ainda mais danosas, também para a empresa, que amargava prejuízo com os uniformes não entregues, e sobretudo para os pais de alunos e eles próprios, que já temiam ficar mais um ano sem tais itens e até ficaram felizes com a entrega repentina no início do ano. Seja qual ginástica tiver sido feita, ela fez bem a todos.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.