Uma das premissas da administração é resguardar os interesses da comunidade. Porém, é difícil analisar se será realmente vantajoso a prefeitura “brigar” por questões burocráticas relacionadas à licitação e à suposta entrega dos produtos fora do prazo acordado, correndo o risco, com isso, de fazer com que os alunos fiquem sem uniformes novos no início do próximo ano letivo. Ou se há como firmar acordo e garantir que os pequenos catanduvenses sejam devidamente atendidos, sem riscos.

Além disso, não dá para saber, ainda, quais argumentos vão pesar mais nos tribunais e se ao final a Prefeitura ainda terá de arcar com custos desse imbróglio. A empresa alega, por exemplo, ter enviado um caminhão a Catanduva, com 2 mil kits de uniformes, que acabou sendo recusada, uma vez que não representaria a totalidade prevista em contrato – que previa a entrega das vestimentas para 13 mil estudantes.

Agora, o fornecedor afirma ter tentado fazer três entregas dos uniformes e que todo o montante está pronto, ainda esteve com o gestor de Gabinete e até vereadores. Mas tudo caminha para que o contrato seja cancelado e uma nova licitação realizada.

A esperança é que esse tipo de impasse não se repita na hora de comprar uniformes de inverno, o que acabará por obrigar as crianças a passarem frio, de novo, tal como este ano, apesar de ser o terceiro exercício da atual administração.