Palestras sobre Educação Inclusiva e Racismo Estrutural. Esses dois temas dividiram página na edição de ontem e mostram preocupação dos tempos atuais em superar discriminações que ainda ditam regras na sociedade. Infelizmente. A questão do Transtorno do Espectro Autista (TEA) soa mais atual e os diagnósticos são crescentes e, com isso, as abordagens sobre isso passaram a ganhar mais relevância. Até porque as pessoas são carentes de conhecimento sobre o autismo, não apenas na área da educação. A militância das mães que compõem o Grupo TEApoio faz, inclusive, com que esse movimento se torne mais vibrante na cidade, o que favorece conquistas para esse público. No evento realizado ontem, elas fizeram questão de enfatizar a importância de que exista uma rede de apoio consolidada, unindo sociedade e poder público, para atender às necessidades das pessoas com TEA. Quanto ao racismo, que é estrutural, como indicado no nome da palestra realizada pela Fundação Padre Albino aos seus colaboradores, dentro do projeto Ano da Diversidade e Inclusão, as lutas são seculares e remontam à abolição que, por muitos prismas, foi o ponto inicial de um processo que não incluiu os negros, deixando-os à margem da sociedade. Esses não são, aliás, os únicos temas que a comunidade precisa debater e enfrentar: há o machismo e a discriminação ao público LGBTQIA+, por exemplo, entre outros. Essas abordagens devem começar na escola, para que as novas gerações tenham visão mais respeitosa, evitando desde cedo os famosos bullyings e gerando posturas positivas em todos os ambientes de convivência – escola, vizinhança, rodas de amigos, igreja, faculdade e no mercado de trabalho. É preciso respeitar e conviver com as diferenças, ajudando quando preciso e entendendo que todos temos limitações e que, em essência, somos verdadeiramente iguais.