Em Catanduva, lombadas para todos
Lombadas para todos. Foi esse o título de editorial veiculado em maio, quando a Prefeitura de Catanduva escolheu fazer lombadas com os R$ 2 milhões liberados pelo Governo do Estado, ao invés de fazer recape ou melhorar a sinalização viária.
Se tal abordagem pareceu exagerada para alguns na época, agora certamente não é mais, à medida que as 140 lombadas realmente estão sendo espalhadas pela cidade, a tal ponto que elas liberalmente caíram na boca do povo e nas rodas de discussão.
As análises são muitas: fala-se sobre a quantidade, a localização duvidosa de muitas delas, o alto custo e também sobre o formato, afinal, elas estão mesmo dentro das proporções físicas legais? Voltaremos a essa questão depois.
Por ora, resta refletir se todos esses redutores eram mesmo necessários para uma cidade que enfrenta outros problemas viários, gargalos e buracos, muitos buracos. Também, fica a dúvida se foi feito algum estudo técnico para confirmar a necessidade da instalação das 140 lombadas: os locais têm, ao menos, histórico de acidentes?
Sabemos também que parte delas deve ter origem política, motivada por pedidos de vereadores ou até da própria população. Não há nenhum problema com isso, é o papel dos parlamentares e importante participação da comunidade. Mas, ainda assim, demandaria avaliação técnica, é o mínimo que se espera.
Como dito antes, não dá para o morador que pediu, o vereador que atendeu e o prefeito que fez, para agradar os dois primeiros, ficarem felizes da vida, enquanto os condutores sofrer para transitar em uma cidade cuja mobilidade é travada por obstáculos.
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