Elementos é a nova animação da Disney/Pixar, nos cinemas esta semana, em Catanduva, no CineX, no Shopping. O filme conta o improvável romance entre dois jovens que pertencem a elementos diferentes: Faísca, uma garota flamejante do elemento fogo, e Gota, um rapaz aquático do elemento água. Eles vivem na Cidade Elemento, um lugar onde os quatro elementos da natureza – ar, terra, fogo e água – convivem em harmonia, mas não se misturam. Segundo seus produtores, a animação foi baseada num curta-metragem de 2019, por sua vez, inspirado na tabela periódica dos elementos químicos.   

Quando Faísca e Gota se conhecem, através de um incidente, descobrem muito em comum, apesar das origens conflitantes e, tal qual um Romeu e Julieta dos elementos, precisam enfrentar os preconceitos e obstáculos de suas sociedades para ficarem juntos.

O desenho é uma comédia romântica que mistura aventura, amor e humor, com temas como diversidade e tolerância. O estúdio Pixar é conhecido por suas animações de sucesso, como Toy Story, Procurando Nemo, Up - Altas Aventuras e Soul. Elementos é o primeiro filme do diretor Peter Sohn, que já trabalhou como animador, dublador e roteirista em outros projetos da Pixar.

Embora focado nos quatro elementos básicos da tradição, o roteiro concentra-se na oposição fogo/água, dos protagonistas Faísca e Gota. O ambiente é uma cidade futurista na qual os seres de água são a classe dominante. Gota, por exemplo, é uma espécie de inspetor municipal, e Faísca trabalha com os pais na loja da família na periférica e colorida Vila do Fogo.

O incidente que aproximou a garota de Fogo e o rapaz de Água foi causado pelo temperamento, digamos, incendiário dela. Aborrecida com os clientes, ela danificou os encanamentos do porão da loja, causando um alagamento por onde é sugado Gota. O funcionário municipal aquático multa o estabelecimento, o que levará ao seu fechamento. Sem que o pai desconfie, Faísca se revolta contra a multa e corre a cidade em busca de Gota.

Com um visual colorido e impressionante produzido digitalmente com base nos quatro elementos, a animação também foca nos poderes naturais de cada personagem: Faísca com suas chamas rubras, Gota com sua azulada maleabilidade, mantendo o conhecido padrão de qualidade do CGI da Pixar.

Elementos têm tantos “elementos” na sua trama, que surge um conflito de público-alvo: Ora ele parece complexo demais para os pequenos, quanto infanto-juvenil demais, com seus personagens “fofos” para adultos. Inexplicavelmente, como é comum em outras animações do estúdio, Elementos ignora a causa ambiental propriamente dita, que seria natural no seu caso.

Elemento também mostra a dificuldade que os estúdios têm em repetir sucessos originais pré-pandemias como Divertida Mente (2016), razão pela qual investirão mais, adiante, nas continuações com apelo garantido.