Eleições e as diversas formas de poluir

Finalmente estamos nos aproximando do pleito e com isso, a inundação de propagandas patrocinadas nas diversas mídias sociais acaba, chega a ser irritante a quantidade de inserções pagas, mais irritante é saber que tudo isso é por meio de dinheiro público. Sem isso, provavelmente, teríamos muito menos interferência em nossas redes sociais.

Mas além disso, há algo mais grave e igualmente patrocinado por verbas públicas, que é a poluição sonora e visual que acontece nesse período e que daqui dois anos, se repete com mais intensidade ainda. Minha casa recebe diariamente santinhos, cartas, pedidos dos mais diversos partidos, dos mais conhecidos aos mais aventureiros candidatos possíveis.

O que mais me assombra é que boa parte desses, que gastam essa infinidade de dinheiro público, diz estar comprometido com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), mas não conseguem perceber a contradição ou se fazem de cegos ante a hipocrisia colocada. E com isso, ainda temos as irritantes passeatas, que pouco se preocupam com o descanso das pessoas, nem se isso incomoda pessoas adoentadas, não, o que vale é tentar em fiar uma música chiclete, repetida milhões e milhões de vezes para que, de alguma forma, instale-se no cérebro das pessoas.

Se boa parte da população se incomodar como eu, esses que mais fizeram sujeita, barulho e incomodaram, serão banidos da política, aliás, já passou da hora de regulamentar o uso de verba pública para isso, ou melhor dizendo, acabar com o financiamento público para essa algazarra.

E não venham me dizer que “Ai, eu não fiz”, mas está vinculado a um partido que faz uso sim, que se vale dessa estrutura bizarra que tanto nos traz transtorno. Espero que avancemos enquanto sociedade e em breve, não precisemos sujar, poluir e incomodar para ser notado, mas que isso aconteça porque os projetos políticos falam por si, que a atitude ilibada cative e não um amontoado de papel.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva