Eleições

Estamos nos aproximando das eleições, para uns é um momento de findar o chato processo de horário eleitoral, de sujeira nas ruas com santinhos e as carreatas e comícios dos mais diversos partidos. Para outros, se perpetua o processo democrático construído ao longo dos anos, é o momento de votar naqueles que trazem a melhor proposta que virá beneficiar pelos próximos quatro anos a população brasileira. 

Será mesmo que é verdade esta minha afirmação? Escolhemos porque há uma correlação entre propostas e necessidades ou por que este ou aquele político traduz algo que está em meu âmago? De toda forma, o processo de democracia representativa deveria levar em consideração os anseios de uma população para avanços sociais das mais diversas nuances, ou seja, aquele que eleito, deveria, em suma, propor políticas públicas, emendas, verbas e etc. que atendam as necessidades da comunidade, em especial, das populações mais vulneráveis. 

A democracia representativa é de certa forma, o reflexo da população, seja direita ou esquerda, aqueles a quem damos o voto de confiança, reverbera o clamor da população, todavia, a frase “ A voz do povo é a voz de Deus”, nem sempre traduz as reais necessidades. Por vezes, apenas ecoa quereres desconexos que são fomentados pela verborragia nos palanques e consequentemente no plenário. 

Reitero o ponto nevrálgico, devemos partir de uma análise minuciosa dos avanços e retrocessos do governo atual (isso em qualquer esfera), observar as propostas que são possíveis de serem alcançadas, executadas e mais, refletir como a população foi tratada neste percurso. Ao votarmos, devemos ter consciência de que pelos próximos anos, somos responsáveis por qualquer coisa que aconteça no âmbito político. 

Encerro com uma reflexão que, espero que possa fazer com que pensem durante esses dias que antecedem as eleições... “os políticos não conhecem nem o ódio, nem o amor. São conduzidos pelo interesse e não pelo sentimento” – Philip Chesterfield. Portanto, vamos escolher de acordo com interesses mútuos, ou seja, que venham a beneficiar o coletivo e não apenas um seleto grupo.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva