É preciso agir
A questão aqui não é pessoal, tampouco partidária ou ideológica.
O que está em jogo são as liberdades e garantias individuais — pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito.
Nesse contexto, o pensamento filosófico sobre liberdade se distancia dos rótulos ideológicos tradicionais.
A defesa da livre manifestação não pertence nem à esquerda nem à direita; é um princípio universal que se opõe a qualquer regime de viés totalitário, seja ele de qual espectro for.
No caso em questão, a supressão de direitos não parte de um governo, mas do próprio Poder Judiciário — e essa é, sem dúvida, a mais perigosa das ditaduras.
Quando o órgão máximo da Justiça impede Jair Bolsonaro de exercer seu direito à livre manifestação, não está apenas atingindo um indivíduo. Está, por consequência, limitando a liberdade de expressão de qualquer cidadão ou grupo social. Isso fere diretamente um dos fundamentos mais sagrados da nossa democracia.
Nilton Candido
Advogado
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