É para você que eu escrevo hoje

Você talvez esteja agora diante de um obstáculo, talvez tenha sofrido uma perda, um ataque ou uma ameaça. E provavelmente deve estar sentindo coisas como raiva, tristeza, ansiedade, frustração, desânimo, medo ou desesperança.  

É especialmente para você que eu escrevo hoje.  

Obstáculos, perdas, ataques, ameaças ou frustrações são coisas que simplesmente acontecem em nossas existências. Certamente já vivemos tais experiências, e cedo ou tarde isso acontecerá novamente. A boa notícia é que podemos reagir de formas diferentes a tais eventos e, melhor ainda, podemos escolher qual será o nosso olhar e a nossa atitude diante deles.  

Muito embora nem sempre possamos evitar certos fatos indesejáveis, temos o poder de atribuir-lhes significados e eleger como lidamos com eles. Do exercício desse poder depende se os fatos nos causam sofrimento, e com qual intensidade.  

Obstáculo é aquilo que você enxerga quando perde de vista o seu objetivo. Se estiver focado no seu destino (onde quer chegar), o que poderia ser entendido como obstáculo torna-se apenas mais uma parte do caminho.  

A ameaça é a possibilidade de que algum mal nos atinja. Se ajustarmos o olhar para perceber que as adversidades nos ensinam e fortalecem, nos tornam humildes e perseverantes, então o futuro   não nos trará nenhum mal, mas apenas oportunidades.  

O ataque é a atitude do inimigo que nos quer ferir. Mas se não houver inimizade dentro de nós, aquele que se considerar inimigo estará na verdade atacando a si próprio.  

A perda é a ilusão de que temos alguma coisa ou alguém. Mas a única realidade é a apreciação, não a posse. A sensação de posse nos escraviza e gera o sentimento de perda. A apreciação nos liberta.  

Somos todos caminhantes. O destino é a felicidade. As adversidades são passos nessa estrada. Prossigamos em frente, com perseverança, fé e gratidão. E, ainda mais importante: percebamos que o caminho é o mesmo para todos nós, e assim, sejamos companheiros. Sigamos juntos. Não apenas porque assim somos mais fortes. Não apenas porque assim somos melhores. Mas porque assim somos. 

 

Autor

Wagner Ramos de Quadros
É presidente da ARCOS e articulista de O Regional.