Doar para salvar vidas
Na semana em que tanto se falou sobre doação de sangue, devido ao Dia Mundial do Doador de Sangue, abordamos também o aumento de indicadores de doação de órgãos ou, mais especificamente, de córneas. A boa notícia foi divulgada pelos hospitais da Fundação Padre Albino. Os dois tipos de doação envolvem empatia, amor ao próximo e também uma pitada de sofrimento, sobretudo de quem aguarda pela doação. É difícil imaginar o drama vivido pelas famílias que têm um dos seus na fila de transplante, aguardando por meses ou anos pelo órgão necessário para sua sobrevida. Por outro lado, também é compreensível que, no caso da doação de órgãos, o momento da decisão seja delicado, pois ele sempre acontece em meio ao luto pela perda de alguém que se ama. Essa situação reforça a importância de que as famílias conversem entre si sobre o tema e que as pessoas declarem claramente o desejo de serem doadoras de órgãos e tecidos, para que seus familiares, naquele momento difícil, respeitem tal vontade e a confirmem. É assim que tem que ser, pois não há nenhum documento que possa ser feito em vida que garanta que a doação acontecerá: será preciso a anuência dos familiares após a morte. Já quanto à doação de sangue, aproximadamente 1,4% da população brasileira adota tal prática como rotina, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes e um total de 3.159.774 milhões de doações de sangue por ano no SUS. Isso significa que o Brasil está dentro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 1% a 3% da população de cada país deve ser doadora. No entanto, o Ministério da Saúde reforça a importância de aumentar o número de doadores para manter os estoques de todo país regulares, sem risco de desabastecimento. Afinal, basta um acidente em massa ou a intempérie climática, como visto esta semana em Catanduva, para desequilibrar o banco de sangue e, mais uma vez, colocar vidas em risco. Se você quer ser doador de sangue e órgãos, procure pelo Hemonúcleo e converse com sua família.
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