Do otimismo ao ridículo: como o Brasil desperdiça oportunidades globais
Nas relações internacionais e financeiras dos países desenvolvidos, não existe espaço para “espertinhos”; o que prevalece é a expertise. Nesse ambiente, conversa fiada, malandragem e promessas vazias não abrem portas nem sustentam ilusões.
Sempre que um país apresenta uma proposta, há um período de análise e de exigência de contrapartidas, sobretudo diante do histórico brasileiro de descumprimento de regras no mercado internacional. Foi com base nesses critérios que os países decidiram oferecer recursos para a preservação da floresta. O montante, porém, ficou em apenas R$ 4,5 bilhões, muito distante dos R$ 25 bilhões esperados.
Infelizmente, esse modelo não avança porque a cúpula do Executivo, setores do Congresso Nacional, assessores e lobistas mantêm relações com madeireiros, garimpeiros e até com o narcotráfico — agravando ainda mais o cenário. Soma-se a isso o grau de desorganização que envolve a COP 30.
Até quando vamos continuar ignorando a educação básica de qualidade, que é o caminho para formar cidadãos plenos, verdadeiros republicanos que defendem justiça, igualdade, solidariedade, fraternidade e, acima de tudo, a democracia? Só assim seremos um dia reconhecidos e respeitados como nação.
Sem essas qualidades, continuaremos marginalizados e ridicularizados com nossos projetos de castelo de areia, que não servem para absolutamente nada.
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