Direitos e Vulnerabilidades da Mulher: um olhar necessário
Falar sobre os direitos das mulheres, hoje, é também reconhecer as diversas vulnerabilidades que ainda as cercam. Apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, a realidade feminina continua marcada por desigualdades sociais, culturais e emocionais que exigem atenção urgente.
Uma das mais dolorosas expressões dessa vulnerabilidade é a violência sexual e doméstica. Milhares de mulheres, todos os anos, vivem no silêncio do medo, aprisionadas em relações abusivas ou em situações em que seus corpos e vozes não são respeitados. Essa violência não atinge apenas a vítima: destrói famílias, perpetua traumas e compromete o tecido social.
No campo das desigualdades de gênero, observa-se como, mesmo dentro do casamento e das relações afetivas, muitas vezes a mulher carrega uma carga desproporcional de responsabilidades, tanto no cuidado da casa quanto dos filhos, além de enfrentar disparidades salariais e de reconhecimento profissional. O peso da tradição e do machismo ainda coloca barreiras à sua autonomia e liberdade.
A vulnerabilidade social também se impõe como um grande desafio. Mulheres em situação de pobreza, exclusão e falta de acesso a oportunidades acabam mais expostas a ciclos de violência, exploração e doenças. Nesses contextos, o papel do Estado é fundamental, mas não suficiente. É preciso uma sociedade atenta, solidária e engajada.
Outro aspecto muitas vezes negligenciado diz respeito às especificidades do cérebro feminino. Estudos apontam características particulares, que trazem vantagens, como maior capacidade de empatia e resiliência, mas também desafios, como uma predisposição maior a transtornos mentais, especialmente depressão e ansiedade. A saúde mental feminina precisa ser compreendida e cuidada, não estigmatizada.
Diante desse panorama, é impossível ignorar que os direitos das mulheres caminham lado a lado com a consciência coletiva sobre suas vulnerabilidades. Não se trata de fragilidade, mas de reconhecer que a sociedade ainda lhes impõe desigualdades que as tornam mais expostas a riscos físicos, emocionais e sociais.
O compromisso de todos nós — cidadãos, instituições e poder público — é trabalhar para que essas vulnerabilidades sejam reduzidas, e para que cada mulher possa florescer em sua plenitude: livre da violência, respeitada em sua dignidade, amparada em seus direitos e fortalecida em suas potencialidades.
E para aprofundar esse debate em nossa cidade, fica o convite: no dia 25 de agosto, das 8h às 22h, no Clube de Tênis de Catanduva, estaremos reunidos em um grande encontro de reflexão, partilha e construção coletiva em torno dos direitos e vulnerabilidades da mulher.
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