Dia do Autismo

Dia 2 de abril é comemorado o dia mundial do autismo, entretanto, esta comemoração, em muitos lugares, fica a título de festejos apenas. É legal comemorar, mas sabe o que é mais legal ainda? É ter uma unidade escolar com uma equipe plenamente capacitada a auxiliar esta criança que eventualmente chegará em suas salas, é ter um sistema de saúde que não demore anos a fio para diagnosticar a criança, ou no mínimo, que não se perdure meses entre o agendamento da consulta e a sua realização.

É muito bonito diversas camisetas azuis e imagens em redes sociais, mas precisamos observar o que é de fato concreto e garantir a eficiência e eficácia no trato com esta criança é o que realmente é necessário ser feito.

Mas muitos de nós, professores, relegamos única e exclusivamente à rede a obrigação da formação continuada, que em algum ponto é sim responsável por isso. A necessidade de buscar novos conhecimentos para atender não só essa criança autista é responsabilidade de todos nós.

Buscar conhecimentos novos, estratégias e ferramentas novas para o cotidiano da sala de aula é parte inerente ao currículo docente, principalmente porque saber algum é absoluto e está em constante mudança e as possibilidades de aprendizagem do autista são gigantes.

Entretanto, para que a criança, ou melhor, as crianças como um todo tenham seus direitos garantidos, se faz importante uma reestruturação destes pontos multissetoriais a ponto de atender realmente as demandas apresentadas.

Mas uma coisa é ainda mais importante, devemos olhar para esta criança não sob o viés de suas limitações, mas sim sobre suas imensas capacidades e no fim, veremos que elas são muito maiores do que as poucas limitações que antes víamos. Este é o ponto chave da inclusão, porque de limitações, todos estamos cheios, mas de possibilidades, há... ainda carecemos de um olhar mais atento para revelá-las.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva