Dia consagrado ao voluntariado

Tivemos no dia 28 último do mês corrente mais uma comemoração alusiva aos voluntários que prestam serviço àqueles que necessitam dessa colaboração espontânea.

Essas pessoas iluminadas que, em meio à batalha pela assistência aos necessitados, não medem esforços para oferecer essa contribuição valiosa a quem dela necessita, no sentido amplo de normalizar em parte a situação daqueles que lutam por uma sobrevivência mais digna e humana.

Num país, a exemplo do Brasil, onde existem inúmeras carências e deficiências da desigualdade social, até mesmo em áreas não periféricas de cada cidade, constata-se a presença da fome junto às pessoas que lutam pela obtenção de alimentos como prioridade, além de outros aspectos atinentes à vivência dessas pessoas, cada uma se defendendo como pode para angariar o pão de cada dia.

O Dia Nacional do Voluntariado foi comemorado na última sexta-feira, instituído em 1.985 por meio da Lei nº. 7.352 e sancionada pelo então presidente José Sarney. Assim é que, dessa forma, a data foi criada com o objetivo de reconhecer o trabalho e desempenho por pessoas dispostas a colaborar com o bem-estar social.

Neste dia consagrado ao voluntariado, as organizações que têm suas atividades exercidas por meio de trabalho voluntário lembram a importância da prestação de serviço gratuito à classe que enfrenta dificuldade de sobrevivência, mormente no que concerne à alimentação dos filhos menores e da própria família no dia a dia da existência deles.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o voluntário é aquele que na condição de prestar ação voluntariosa, dedica-se parte do seu tempo às atividades de assistência aos necessitados, tanto na esfera econômica, como na social, auxiliando na formação de uma sociedade coesa e justa em prol de um mundo mais fraterno entre as pessoas de todas as classes que o habitam.

Para Clarinda Bezerra, dirigente do Grupo de Interesse Ambiental (GIA), o voluntário ajuda a fazer com que a ideia da cooperação seja o instrumento básico e essencial, no sentido de que o voluntário ajude a minimizar as dificuldades de sobrevivência das pessoas carentes, fazendo também com o que o sentimento da coletividade esteja engajado nessa luta em prol dos necessitados.

Há de se acrescentar a essa oportunidade a triste realidade da fome, ainda sendo um fantasma na vida de milhões de brasileiros, infelizmente, um quadro assustador que vai tomando dimensão a cada dia que se sucede, e o governo, por sua vez, ainda não encontrou meios suficientes para amenizar a situação presente, independente do Bolsa Família instituído desde a gestão anterior do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

É evidente que as campanhas de arrecadação de alimentos contribuem para diminuir o quadro em que se encontra a situação da pobreza, na esperança de que as entidades filantrópicas continuem prestando essa colaboração, bem como fazendo com que a sociedade ativa se agregue a essa luta para que dias melhores sejam a expressão de novos tempos em prol da população carente de nosso país.

Entendemos que esse é o papel fundamentado na essência do voluntariado. Não é somente presentear o próximo aquilo que tem a mais ou que está sobrando em sua residência, mas sim, ocupar-se do tempo de seu descanso, no sentido de colaborar com as campanhas que visam a realização de suprir as necessidades prioritárias que mais se assentam na classe dos que clamam por elas e que sejam bem-vindas.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.