Crepúsculo se tornou um fenômeno mundial em seu lançamento em 2018. Amado por uma vasta legião de fãs, principalmente adolescentes, impactados pelo romance entre a humana Isabella Swan (Kristen Stewart) e o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson), foi baseado no best seller da americana Stephenie Meyer. Chegaram a formar o casal “Robsten”, que não resistiu aos altos e baixos da vida real. Por outro lado, Crepúsculo angariou também vasto número de haters, que não suportaram o conservadorismo enrustido de seus personagens, sem contar os amantes do terror, que não engoliram vampiros bonzinhos que brilhavam como anjos. Polêmicas à parte, é indiscutível que o filme marcou época e promoveu um grande incentivo à leitura e dezenas de produções nos cinemas e TV. A saga ficou entre as maiores bilheterias do cinema.

Crepúsculo está desde quinta no CineX em Catanduva, marcando os dez anos de Amanhecer - Parte 2, que terminou a saga nos cinemas. A expectativa é que sua exibição será seguida de Lua Nova, dia 8, Eclipse, 15, e as duas partes de Amanhecer em 22 e 29, respectivamente, segundo a Paris Filmes.

Para quem não teve a sorte ou não (segundo cada ponto de vista) de ver o primeiro filme, o filme tem vampiros um pouco diferentes dos tradicionais Dracula e Lestat (de Entrevista com o Vampiro). Dirigido por Catherine Hardwicke, Crepúsculo mostra o amor impossível entre Bella e Edward. Vivendo com o pai numa nova cidade, a garota sente-se deslocada e sem amigos. O mesmo acontece com Edward e seus pálidos irmãos, que não se misturam com os outros jovens. Uma série de incidentes aproxima os dois, depois de uma hostilidade inicial.

Apesar de altos, pálidos e sedutores, os vampiros de Crepúsculo não dormem em caixões, mas são imortais à base de sangue. Porém, como são bonzinhos, só se alimentam de sangue de animais, evitando atacar humanos, o que lhes valeu a classificação discutível de “vampiros veganos”. Se no início o que atraía Edward era o sangue de Bella, para a garota, apaixonar-se por um vampiro era rebeldia, que ela não é apenas a garota mais sem graça da escola (com quem se identificava seu público). Com leitores juvenis e uma autora religiosa, o amor deles pouco tem de carnal. É romântico puro, quase platônico, baseado em promessas apaixonadas. Assim, praticamente não há sangue nos dentes de Edward, ou qualquer outra forma de contato mais quente em sua pele fria. Esse lado mais “provocativo” ficou por conta do rival de Edward pelo amor de Bella, Jacob Black (Taylor Lautner) rapaz que se transforma em lobisomem, invariavelmente sem camisa. O ex-casal “Robsten” seguiu caminhos diferentes na vida e no cinema, com Kristen sendo indicada ao Oscar por Spencer e Pattinson tornou-se o novo Batman, de certa forma, outro tipo de morcego.