Desigualdade Social

A desigualdade social no Brasil é um problema que afeta grande parte da população brasileira e permanece até os dias atuais, pois trata-se de um legado do período colonial e que se deve à influência da fase da escravidão e dos padrões de posses latifundiárias.

Dentro desse contexto estão os aspectos como racismo, estrutural, discriminação de gênero, além do desequilíbrio da estrutura social, agravam de uma forma bastante sensível a desigualdade social brasileira.

Entre as principais causas dessa desigualdade social no Brasil estão a concentração de dinheiro e do poder aquisitivo, poucas oportunidades de trabalho, má distribuição dos recursos públicos, pouco investimento em programas culturais de assistência, além da baixa remuneração.

Enfim, entende-se como desigualdade social a diferença existente entre as classes sociais dominantes, além de outras que contribuem para a existência desse fenômeno e que ao longo dos tempos o sistema econômico das classes foi criando mecanismos de distinção entre as pessoas.

Não resta a menor dúvida de que a extrema pobreza no Brasil continua a crescer, tanto é que um quarto da população vive nessa situação, além de se constituir num problema social que se estende a todos os quadrantes da Pátria e de difícil solução, já que muitas pessoas preferem este tipo de vida, angariando alimentos em vez de se dedicar a alguma atividade que esteja ao alcance dessas pessoas desocupadas.

As duas situações pobreza e extrema pobreza seguem em ritmo acelerado, ano após ano, transformando-se numa grande marca na sociedade brasileira. Segundo os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país tinha 13,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, de acordo com os critérios do Banco Mundial. Somadas aos que estão na linha desse campo, chegam a 25% da população do país.

As características e a distribuição da população em situação de pobreza e extrema pobreza chamam a atenção, diante de um quadro assustador que vem se desenvolvendo ao longo dos anos, tanto é que há de se fazer alusão ao fato de que os negros e pardos correspondem a 72,7% dos que estão em situação de pobreza ou extrema pobreza. São 38,1 milhões de pessoas que se encontram nesse campo e assim sucessivamente pelos anos afora.

Torna-se importante destacar nessa oportunidade mais um fato que se refere às mulheres negras ou pardas que compõem o maior contingente: 27,2 milhões de pessoas que lutam por uma vida mais humana e que se estende à própria família e aos filhos que vão crescendo e fazendo parte da própria população brasileira.

Vale ressaltar com certa exclusividade que o rendimento domiciliar "per capita" médio das pessoas negras é metade do recebido pelos brancos, um percentual elevado, onde a situação nesse campo é das mais sofríveis num país em que o privilégio se estende àqueles que se encontram em situação favorável economicamente em todos os sentidos da vivência do dia a dia.

A distribuição geográfica da pobreza e extrema pobreza também é bastante desigual no Brasil. Quarenta e quatro por cento dos brasileiros abaixo da linha da pobreza em 2.018 viviam na região Norte e Nordeste. O estado do Maranhão é campeão dessa tragédia, sendo 53% dos seus cidadãos vivendo na linha da pobreza. Todos os estados das regiões Norte e Nordeste apresentam indicadores de pobreza acima da média nacional.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.