Desequilíbrio pós-folia

Os bancos de sangue vivem se equilibrando em uma linha tênue que, diante de qualquer oscilação no número de doadores, o resultado é praticamente imediato: falta sangue. Devido ao período carnavalesco, em que muitas pessoas viajaram com a família ou amigos, os estoques começaram a baixar. Com os voluntários habituais ausentes, as doações diminuíram; ao mesmo tempo, com mais gente transitando por vicinais e rodovias, aumentaram os acidentes automobilísticos e a demanda por sangue em hospitais e unidades de saúde como um todo. Para se ter uma ideia, o movimento no Hemocentro de Rio Preto, nos últimos dias, ficou 30% abaixo da capacidade. É mais um reflexo negativo da folia de Momo. No Hemonúcleo de Catanduva, que atende 11 municípios, essa conta resultou em visível desajuste, em que todas as tipagens sanguíneas ficaram em níveis críticos, com destaque para o sangue O negativo, tido como doador universal. Ele é utilizado justamente no atendimento de emergência, quando não há tempo para fazer teste de tipagem sanguínea e a transfusão de sangue é feita de imediato, para salvar a vida da pessoa. Ou seja, quem tem esse tipo de sangue é muito bem-vindo no Hemonúcleo ou no Hemocentro. É como pedra preciosa. Mas na atual situação, todos os sangues são necessários, seja dos doadores recorrentes ou de pessoas que, a partir da reportagem veiculada ontem e deste alerta, sintam-se dispostas a ajudar. Em uma pessoa adulta, são coletados em média 450 ml, quantidade considerada pequena, mas que é mais do que suficiente. Afinal, uma única bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. E há muitas vidas que precisam ser salvas todos os dias.

 

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.