Desenvolvimento como meta

O crescimento tímido de Catanduva no quesito populacional pode ser analisado por vários aspectos. São 12 anos em que a cidade cresceu, sim, mas bem menos que outras de mesmo porte e, proporcionalmente, menos que menores e maiores do que ela. O problema não é simplesmente crescer ou não. O município pode não crescer de maneira evidente no critério populacional, mas precisa se desenvolver a passos largos para que a vida dos seus moradores melhore. Crescer de forma continuada traz como vantagem, por exemplo, mais liberações de recursos constitucionais, assim como de outras verbas que advém da importância que a cidade passa a ganhar, regionalmente falando. Não é à toa que São José do Rio Preto atrai emendas parlamentares e tantos outros tipos de investimentos: ela tem relevância no noroeste paulista e por vários motivos. Com isso, cresceu incríveis 17% no mesmo período que Catanduva cresceu 2,6%. Por expandir tanto e ser referência, atrai mais e mais investimentos, criando um ciclo favorável: atrai e cresce, cresce porque atrai, e assim a engrenagem econômica vai girando, os empreendimentos e negócios vão se espalhando, novos edifícios surgem e logo são entregues, tudo é muito rápido e veloz porque a economia está pulsando. É diferente de outra localidade em que um prédio leva anos para comercializar seus espaços ou os negócios abrem e fecham por não se viabilizarem. Sabe aquele ponto comercial em que nada dá certo? Logo a notícia se espalha e ninguém mais aluga ou investe ali. Não é o caso de Catanduva, claro, porque a cidade expandiu, ganhou muitos loteamentos habitacionais, negócios e franquias, mas mesmo assim cresceu pouco no comparativo com os demais. Que os pormenores do Censo possam servir para os governantes redirecionarem seus planos e projetos de governo para que o município possa atrair mais empresas para gerar empregos e fazer o dinheiro circular mais rápido em favor de toda a comunidade. Que os próprios governantes sejam bem escolhidos pelo povo na eleição e possam contribuir para que Catanduva não perca o status regional que sempre lhe pertenceu.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.