Desejo de Independência

Conforme é do conhecimento da maioria de toda população brasileira, teremos brevemente mais um dia alusivo à luta pela independência do Brasil, porém, não chegou a ter êxito, porque devido a interesses alheios à independência, o coronel Joaquim Silvério dos Reis não permitiu que a tão desejada independência viesse a se tornar realidade ao delatar os nomes daqueles que conspiravam contra a Coroa Portuguesa.

Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira, para milhões é tido como herói nacional, enquanto que, para outros milhões, líder e para outros idealista, porém, em nenhuma dessas três situações se enquadrou Joaquim José da Silva Xavier, senão vejamos: Ele, mártir, funcionou como "bode expiatório" do que herói, como é reconhecido por muitos com vontade de ver nosso país liberto de Portugal.

Entende-se como uma ponte de ligação à época dos encontros dos inconfidentes. Numa das entradas se encontravam os conspiradores; na outra, Joaquim José da Silva Xavier com a missão de incentivar os moradores de Vila Rica a aderir ao movimento de independência, já que aqueles homens tinham uma certa cultura, ao contrário de Tiradentes que exerceu a atividade prática de dentista, porém, homem forte economicamente e dono de uma propriedade rural no estado mineiro, tendo sido também militar.

É certo que o mártir da Inconfidência Mineira foi um dos participantes do movimento de independência. Mais tarde, deu-se a conspiração da elite para conseguir a independência do Brasil em relação à Coroa Portuguesa. Nosso país conseguiu a sua independência no dia 7 de setembro de 1.822. Tal movimento fez com que fosse extinta a condição de anticolonialista com o desejo da instalação de uma República.

Diz a história que Tiradentes foi um militar que participou de uma conspiração contra as autoridades coloniais portuguesas na capital de Minas Gerais no final do século XVIII. Essa conspiração recebeu o nome de Inconfidência Mineira, mobilizando as elites de Minas Gerais no desejo de garantir-se à independência da capitania.

Joaquim José da Silva Xavier ou Tiradentes, nascido em 1.746 e falecido em 1.792, participou ativamente do movimento, cujo objetivo era proclamar a capitania de Minas Gerais como uma República Independente, porém, sentenciado por traição, recebeu como pena morte por enforcamento.

Devido ao seu envolvimento na Inconfidência Mineira, um dos primeiros movimentos organizados por habitantes do território brasileiro deu-se no sentido de conseguir a independência do país em relação à Portugal, Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1.792.

O mártir foi preso em maio de 1.789 e executado no Largo da Lampadosa, no Rio de Janeiro, exatamente às 12h30, já que era um dos integrantes do grupo de conspiradores composto por homens cultos e influentes, entre eles, Tomas Antonio Gonzaga, onde viveu em seu casarão e que se tornou um museu constante da história à visitação do público.

Ainda sobre a morte de Tiradentes, foi esquartejado, para que as partes de seu corpo ficassem expostas ao público, de modo a desencorajar outras tentativas de rebelião. Assim é que, executado como um criminoso, Tiradentes se transformou no primeiro herói brasileiro, logo após a nossa independência em 7 de setembro de 1.822.

Minutos antes da execução de Tiradentes, um dos padres da época, tendo à mão direita um crucifixo, dirigiu-se ao mártir da Inconfidência Mineira, dizendo-lhe: "não odiai ao rei". Resta saber se Joaquim José da Silva Xavier deixou o ódio de lado, morrendo pela independência do Brasil.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.