Desaparecida: O Caso Lucie Blackman

Em julho de 2000, uma jovem britânica de nome Lucie Blackman desapareceu em Tóquio, capital do Japão. O documentário acompanha entrevistas do pai da garota e toda a investigação, que durou meses e teve final trágico.

Coprodução EUA/Japão, o documentário acompanha passo a passo as investigações em torno do desaparecimento de uma jovem em Tóquio, chamada Lucie Blackman, em 2000. Ela era comissária de bordo, tinha 21 anos e fez uma viagem à capital do Japão, onde pretendia se instalar por um ano. Porém, desapareceu sem deixar vestígios três semanas depois de chegar lá. O pai, Tim Blackman, fez uma busca incansável por justiça, e é ele quem conduz as conversas nesse documentário investigativo de grande impacto. No filme, vê-se uma série de vídeos reais da investigação do caso, a atuação da polícia japonesa e a mobilização da comunidade. Na época o pai chegou a implorar ao primeiro-ministro Tony Blair para expandir a investigação. O clímax do doc é a prisão de um suspeito, um playboy milionário acusado por agressão sexual a mulheres e que costumava gravar vídeos caseiros estuprando as vítimas desacordadas.

A Netflix é especializada em séries, microsséries e documentários policiais, e aqui temos mais um bom exemplo, que funciona. É um caso intrigante, de roer as unhas, com um triste desfecho. Estreou na Netflix em 26 de julho.

Desaparecida: O caso Lucie Blackman (Keishichô sôsaikka rûshî burakku man jiken/ Missing: The Lucie Blackman Case). EUA/Japão, 2023, 83 minutos. Documentário. Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Hyoe Yamamoto. Distribuição: Netflix

Autor

Felipe Brida
Jornalista e Crítico de Cinema. Professor de Comunicação e Artes no Imes, Fatec e Senac Catanduva