Depende de nós

“Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu o alerta sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na China. Em 9 de janeiro de 2020, a OMS confirmou a circulação de um novo coronavírus, o Sars-Cov-2 e, em 11 de março do mesmo ano, declarou pandemia de covid-19. Já passados quase três anos, com o avanço da vacinação pelo mundo, houve a redução do número de casos e mortes, o que nos deu a sensação de que o vírus, apesar de ainda estar circulando, estaria sob controle. Tiramos as máscaras, voltamos a nos abraçar, a nos reunir em eventos, shows, festas familiares, happy hour, como que declarando: “A pandemia acabou!”. Apesar disso, o status de pandemia ainda não foi alterado pela OMS, que até pouco tempo atrás estudava decretar o seu fim. Porém, nas últimas semanas, temos visto um aumento progressivo de casos no mundo, provavelmente impulsionado pelas novas linhagens da Variante de Preocupação Ômicron, BQ.1 e BA.5.3.1.” O relato é da infectologista Viviane de Macedo, doutora em Ciências e professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias do curso de Medicina da Universidade Positivo, no artigo “O tamanho da nova onda da covid-19 depende de nós”. Não haveria melhor título, já que o afrouxamento das medidas sanitárias e a redução do uso da máscara e do distanciamento entre as pessoas favoreceram o surgimento de novas linhagens ou sublinhagens. Para as pessoas com comorbidades e idosas, diz ela, o desfecho acaba sendo incerto. Diante desse quadro, fica claro que precisamos encarar que a pandemia não acabou, que o vírus ainda circula entre nós e que pode trazer impacto na saúde pública e mais ainda, pode provocar danos irreversíveis na vida de uma pessoa, que pode ficar com sequelas, ou pode trazer impactos para a vida de uma família, que pode ficar sem um ente querido para sempre. “O nosso papel como cidadão é agir com sensatez em relação a nossa vida e das demais”, reforça a médica. Assinamos embaixo.

 

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.