Demoramos de novo
Não foi por falta de aviso. Desde o início do ano passado, o Liraa - Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti e/ou a ADL - Avaliação de Densidade Larvária já mostravam que Catanduva não estava tomando os cuidados necessários com a dengue. Mas ninguém fez nada. As coisas seguiram sua rotina. Afinal, a pandemia era o foco.
O problema é que, tal como no enfrentamento à Covid-19, em que a Prefeitura retardou suas ações até não poder mais e ser obrigada pelo Judiciário a adotar o lockdown, agora, numa espécie de déjà vu, demoramos de novo.
Estamos correndo atrás do prejuízo, já com a UPA lotada de pacientes e filas de horas, muito além do aceitável. Como se não bastasse, falta veneno. Pasmem, em plena epidemia.
E lá vamos nós correr atrás dos mosquitos com raquetes elétricas e inseticidas caseiros, torcendo para que o vizinho também cuide de sua casa e para que os terrenos públicos não sejam atraentes ao Aedes, apesar de lotados de sujeira e móveis.
Todo mundo sabe ou deveria saber que a dengue sobe e desce, pois são comuns os intervalos entre as epidemias, mas a danada sempre volta. Agora – isso nos resta – é torcer e rezar para que vidas não sejam perdidas.
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