Das violências

Infelizmente presenciamos uma cena abissal, das mais absurdas e grotescas possíveis. Um candidato sendo agredido fisicamente por outro é a maior prova de que a política brasileira vem sofrendo com a virulência que a violência, seja física ou não, causa.

Esse é um retrato claro da ascensão da estupidez e da ideia de que a liberdade de expressão pode ser utilizada para fins escusos, como propagar mentiras, como as que temos visto nos debates dos EUA, sendo desmentidas em tempo real, mas presenciamos no Brasil, uma sórdida legião que se vale desse recurso e que passa por verdade, na maioria das vezes.

Não podemos esquecer que tivemos casos de incentivo à violência as mulheres, como no caso da Maria do Rosario e Dilma, também não nos esqueçamos das vidas que se foram e as “brincadeiras” de falta de ar. Também não nos esqueçamos da facada no Bolsonaro. Tudo isso é violência e quando massificada, desemboca em morte, como no caso do GCM morto por política.

O desprezo pela moral parece ser o ponto mais incisivo desses candidatos, uma vez que, ao anteceder a cadeirada, o agredido estava agredindo o agressor. Me parece que nesse circo de horrores, nós, público, estamos frente a um show de horrores, que em suma, tem uma quantidade imensa de pessoas que aplaudem.

Talvez seja necessário repensar as leis que garante foro privilegiado aos políticos, pois a liberdade está no fato de expressar sem violentar a dignidade do outro, nem tampouco estimular a violência, seja ela qual for. E acima de tudo, punir de forma rigorosa quem se vale desse artifício para mentir e violentar outrem. A sociedade não pode mais tolerar tais absurdos.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva