Custo de vida dos brasileiros

Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em abril de 2.024, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas ou mais, deveria ser de R$ 6.912,69 para uma sobrevivência digna e compatível com as necessidades dessa família.

É evidente que 37% dos brasileiros classificam o Brasil um país barato para se viver. É o que aponta a pesquisa "Percepções sobre Preços", mas para entender como anda a situação sofrida dos consumidores brasileiros sobre os preços praticados pelo mercado entre novembro de 2.022 e novembro de 2.023, destaca-se a oscilação desenfreada de preços que varia entre os estabelecimentos comerciais de todo o país.

Há de se levar em consideração o fato de que são dois motivos principais que se referem a esse patamar de preços. Um deles, é fácil entender: o Brasil é um país de proporções continentais e com alto custo no transporte de mercadorias; o outro, é que, dependendo do lugar onde se realizam as compras, o preço pode ser bem mais alto na comparação com outros países dentro desse contexto em evidência.

De acordo com algumas análises socioeconômicas, uma renda mensal de 5 mil reais pode colocar uma pessoa ou família na faixa da classe média, especialmente se considerarmos critérios como acesso a bens de consumo duráveis, serviços e qualidade de vida.

Não se constitui em novidade para milhões que há uma discrepância entre o quanto os brasileiros recebem e o quanto deveriam receber. Por exemplo, o rendimento médio no país ficou em R$ 2.808,00 no último trimestre de 2.023, conforme os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Enquanto isso, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos, aponta que um salário mínimo teria de ser mais elevado do que o vigente, fazendo com que haja em todo o território nacional melhores condições de vida àqueles menos favorecidos pela sorte.

O resultado de novembro de 2.023 ficou abaixo do registrado em novembro de 2.022, quando alcançou um patamar insatisfatório, para que houvesse maior reciprocidade por parte de todos que almejam uma situação em que o país possa se desenvolver nos vários aspectos de crescimento, mormente no campo da igualdade social.

Afinal, aonde se concentra a renda dos brasileiros? Diferentes pesquisas apontam três principais áreas, sendo a alimentação necessidade essencial, gastos com automóveis e transporte em geral, além de moradia e outros pontos básicos indispensáveis em linhas gerais. Além do que narramos até aqui, vêm outras despesas como vestuário, higiene, lazer e cultura.

Vale ressaltar com certa exclusividade os dados mais recentes do IBGE nesse caso, que são de 2.017-2.018. De lá para cá o custo com moradia aumentou, assim como o dos alimentos. Isso empurra ainda mais a pressão sobre o investimento em educação, compras de roupas, entendimento e outras áreas importantes dentro de todo esse patamar de uma importância vital.

Os dados, uma realidade que pode ser desafiadora para muitas famílias, especialmente em grandes centros urbanos onde o custo de vida é significativamente mais alto e mais inacessível.

Conhecer essas informações é essencial a tomada de posições financeiras e para entender as dinâmicas econômicas das cidades onde vivemos ou planejamos viver, estende-se o fato de que muitas pessoas estejam pensando em se mudar para uma dessas cidades, saber os custos de vida envolvidos podem fazer toda a diferença de um planejamento.

Façamos votos para que tenhamos um país justo àqueles que lutam pela sobrevivência.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.