CUSTO-BENEFÍCIO
Não se trata de ser contra ou a favor da terceirização. Essa é uma ferramenta que precisa ser utilizada de maneira adequada. No setor público, se por um lado pode ser a solução para gargalos existentes até em serviços essenciais, melhorando a vida do cidadão, também pode ser o caminho para o completo deságue de recursos públicos em contratos de difícil fiscalização e controle.
É exatamente o caso dos dois contratos citados na reportagem de capa desta edição, já que certamente nenhum cidadão terá condições de contabilizar metros roçados ou capinados, distância em que os resíduos foram transportados e demais serviços.
Até mesmo para os fiscais da administração municipal a tarefa é árdua, exigindo uma sistemática rígida e séria, afinal, o volume financeiro é impressionante – R$ 1 milhão ao mês por três meses é muita coisa. Ao mesmo tempo, esses dois contratos na área de meio ambiente tocam em uma das falhas mais visíveis da administração, que é justamente na zeladoria urbana.
Hoje, a população enfrenta, em sua rotina, os transtornos causados pelo mato alto, ruas esburacadas e lâmpadas queimadas, serviços que parecem básicos, mas se transformaram em missão quase impossível para o poder público. Resta ver se, ao final, se a conta vai fechar, no ajuste entre custo e benefício.
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