São preocupantes os dados divulgados pela Fundação Padre Albino com relação ao aumento de 48% do número de atendimentos no Hospital Padre Albino provocados por doenças cardíacas, de 2022 para 2023. O crescimento também foi verificado no Hospital Emílio Carlos. O quadro assusta, mas não convence a população a procurar um especialista. Como mostrou reportagem da edição de ontem, a partir de orientações do médico cardiologista Edson Sinhorini, doenças como hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia induzem a aterosclerose, que é o depósito de placas de gordura na parede dos vasos, o que eleva o risco de infarto e AVC. O sedentarismo, o estresse e a alimentação inadequada contribuem, e muito, para o problema. O especialista analisa que rotina de vida inadequada que a maioria de nós leva, somada a fatores genéticos, cigarro e descontrole dessas doenças gera cenário de risco elevado, que precisa ser combatido. O caminho seria o equilíbrio e a adoção de hábitos mais saudáveis. “Não fumar, não consumir álcool em excesso, reduzir o sal, evitar açúcar e carboidratos, praticar atividade física, controlar o peso e buscar espiritualidade são comportamentos que evitam doenças e prolongam a vida”, apontou Sinhorini. Também é necessário manter o diabetes, o colesterol e a pressão arterial em níveis recomendados. Ao mesmo tempo, quem apresentar sintomas como dores no peito, falta de ar, cansaço, palpitações ou até desmaios deve procurar atendimento imediato. Talvez, nos tempos atuais, os problemas cardiovasculares não possam ser verdadeiramente evitados, mas se os riscos puderem ser minimizados e a qualidade de vida elevada, a saúde agradece.