Cuidar do que é nosso

O investimento na reforma de prédios públicos sempre gera dúvidas sobre a necessidade do uso do dinheiro público para tal finalidade. Há quem acredite que tudo está bom como está. Porém, a reportagem trazida na edição de hoje sobre o investimento no Paço Municipal sugere alguns tópicos importantes. Primeiro é o atendimento às exigências do Corpo dos Bombeiros, pois é nítido que os prédios mais antigos precisam de atualizações quanto às tecnologias e regras atuais. O Paço Municipal foi erguido nos anos 1970, possui tubulações aparentes que foram instaladas posteriormente e a preocupação com a prevenção a incêndios precisa estar no centro das atenções, sobretudo pelo fato de o prédio abrigar grande número de servidores em seus sete pisos. Como pano de fundo, ainda há o aspecto histórico do edifício que precisa ser levado em consideração. Ele é, hoje, a principal referência da administração municipal e tem as centrais de atendimento ao cidadão que recebem grande número de munícipes diariamente. Além deste, outros prédios precisam passar por reformas semelhantes para manter-se “em dia” e isso também está acontecendo com a Estação Cultura, por exemplo. Outro que mereceria atenção é o Palácio da Educação, porém, ele está prestes a ser devolvido ao governo estadual, então tal investimento pelo município já não se mostra interessante. Ao mesmo tempo, há locais que demandam atenção e estão com obras pra lá de emperradas – um deles é o Conjunto Esportivo Anuar Pachá e, sobretudo, a piscina, cuja recuperação já se arrasta desde o ano passado. Cabe ao gestor municipal olhar para o antigo e para o novo por igual, preservando os bens públicos e fazendo com que as novas necessidades da população sejam atendidas, de olho no futuro.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.