Cuidadores nas escolas

Integrantes do Grupo de Mães TEApoio tem reclamado da falta de cuidadores nas escolas públicas de Catanduva para auxiliar as crianças com TEA – Transtorno do Espectro Autista. A Secretaria Municipal de Educação se defende e diz que está cumprindo a legislação, com cuidadores compartilhados e inclusive ampliando o número de profissionais na função. Infelizmente, essa queda de braço não é de hoje. Ela se repete todo início de ano, com trocas de farpas entre os dois lados. Recentemente, até o Ministério Público de São Paulo entrou na história para apurar qual a real situação – se há cuidadores e se o número é suficiente. Esse contexto foi exposto na reportagem veiculada ontem e, nas redes sociais, houve repercussão e denúncias de mães que garantem que seus filhos estão sem cuidadores. Ou seja, o alegado pelo poder público não seria verdadeiro. A questão é que a presença de cuidadores precisa ser equalizada, sem que o problema se repita todo início de ano devido a contratos vencidos e à burocracia. Até recentemente, a oferta de uniformes escolares também passava por oscilações e, ao que parece, não houve atrasado na distribuição neste início de ano, mostrando melhor organização do setor responsável. No caso dos cuidadores, há um agravante: pode ser que faltem profissionais aptos ao trabalho, mas esse é outro problema a ser enfrentado – inclusive com a oferta de cursos de qualificação, já direcionando essas pessoas para os futuros processos seletivos. Será que essa integração entre Educação e Desenvolvimento Econômico está acontecendo? É papel também do poder público estimular a formação profissional para a área que possui demanda, sobretudo quando é a administração municipal é a empregadora. Para as famílias que sofrem com esse impasse e vendo seus filhos desassistido apesar da previsão legal, fica a esperança de que mais cuidadores sejam contratados e que a empatia prevaleça.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.