Crescem os riscos no trânsito

Os acidentes de trânsito no Brasil se constituem num problema de saúde pública, tanto é que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,25 milhões de pessoas morrem no mundo por ano em acidentes de trânsito. Desse total, metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas.

O trânsito brasileiro, afinal, é o quarto mais violento do continente americano, segundo dados estatísticos da OMS. Assim é que, dentro do país, São Paulo é o Estado que mais se destaca com maior número de óbitos no trânsito, principalmente quando há constatação de alguns condutores de veículos dirigindo alcoolizados, é a segunda maior causa dos acidentes em toda a sua extensão.

Conforme os dados do Ministério da Saúde, os motociclistas foram os que mais perderam a vida nas vias e rodovias do Brasil. Foram 11.942 mortes nessa condição. Em seguida estão os ocupantes de automóveis com 7.029 e pedestres 5.349. Nessas condições, a faixa etária mais vulnerável, de acordo com os dados estatísticos, está entre 20 e 59 anos.

Há de se acrescentar a essa situação os idosos que estão sempre em atividade, fazendo compras e indo aos bancos, ocasião em que necessitam atravessar ruas e avenidas com o risco de atropelamento, mormente por motociclistas em alta velocidade, sem que haja uma disciplina a contento de uma forma salutar e coordenada nesse sentido.

Na capital Federal, por exemplo, chuvas ocorridas tempos atrás causaram transtornos ao Distrito Federal durante os fins de semana. Assim é que, pelo que pudemos apurar, foram registradas 35 ocorrências com vítimas, portanto, um número significante numa única cidade, porém, quando chove, realmente, contribui para os acidentes.

Entre as ocorrências registradas estão capotagens, colisões frontais, saída de pista, queda de motocicletas, principais responsáveis por acidentes fatais que ocorrem nas cidades brasileiras de todo o país.

Um dos objetivos da Agenda para o Desenvolvimento sustentável 2030 sobre a segurança do trânsito prevê reduzir para a metade o número global de mortes e lesões causadas por acidentes por meio de coordenações e medidas capazes de disciplinar os condutores de veículos, mesmo aqueles dotados de experiência ao volante, no sentido de aperfeiçoamento do tráfego dentro de um contexto geral.

Pensando em diminuir os acidentes, foi publicada no ano passado a Lei Ordinária 13.546 do Código de Trânsito Brasileiro, que aumenta a punição aplicada aos motoristas que causam mortes sob o efeito de álcool, de acordo com as ocorrências que se verificam no dia a dia, tanto nas cidades como nas rodovias espalhadas por todo o território Nacional.

Os principais riscos no trânsito, apesar de conhecidos, são eles: não uso do cinto de segurança e dispositivo de retenção para crianças, condução do veículo sob a influência de álcool, o não uso do capacete de segurança para condutor e passageiro de motocicletas, velocidade excessiva e uso do telefone celular de uma forma inadequada.

Nas últimas décadas o número de vítimas do trânsito vem caindo aos poucos: entre 2.011 e 2.020 essa taxa foi reduzida em 30%, mas isso não foi suficiente para que o Brasil cumprisse a meta considerada ideal no que tange a esse tipo de fatalidade, de acordo com o que descrevem a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.