Cresce a criminalidade

Uma das preocupações de momento se concentra na criminalidade, além da violência, duas situações que voltaram a crescer nesses últimos dias e de forma assustadora, percentual considerado acima da média em todo o território nacional e que vem causando tensão à medida que os dias se sucedem em face da proporção cada vez maior com a periculosidade dos que praticam os dois fatos enfocados.

A criminalidade já atingiu o ponto máximo, especialmente com o número expressivo de assaltos à mão armada nos grandes centros urbanos, estando dentro desse contexto São Paulo, onde se assenta com frequência essa triste realidade.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados no último mês mostraram que o Brasil registrou no ano passado uma média significativa de objetos roubados através de assaltos, entre eles, milhares de celulares e que têm sido alvo dos meliantes que atuam diariamente contra pessoas que transitam diariamente nas ruas e avenidas das grandes cidades.

A maioria culpa a desigualdade social, a falta de oportunidades de acesso às atividades diversas, o desemprego, a falta de educação, a pobreza, o capitalismo e até mesmo a própria sociedade se constituem nos motivos para que a violência tome dimensão, mesmo com os critérios adotados pelas autoridades no exercício de combate à criminalidade.

Muito se fala nela, na criminalidade, que se alastra por todo o Brasil, mas dificilmente suas verdadeiras causas são apontadas, além dessas que enumeramos, fazem com que penas mais rígidas contra aqueles que se dedicam ao crime sejam colocadas em situação mais eficaz e com métodos que produzam os efeitos desejados e necessários.

Pesquisadores indicam uma complexidade de fatos determinantes para o aumento da criminalidade. Ressalte-se que o tráfico de drogas, organizações criminosas e a ineficiência do Estado seriam os principais motivadores do aumento sistemático da criminalidade e da própria violência em toda a sua extensão.

Percebe-se que nos dias atuais uma das organizações criminosas tem atuado de uma forma a enfrentar o próprio exército, visando suas pretensões, principalmente quando se trata de tráfico de drogas procedente de alguns países e que se instala no Brasil numa ação que movimenta a força policial no combate a essa iniciativa cada vez mais intensa em nosso país.

A má distribuição de riquezas e as crises econômicas são algumas das causas da criminalidade, além da miséria e da pobreza ao máximo se constituem nos fatores que se evidenciam no que tange àqueles que têm menos ou praticamente nada, figurando dentro das mínimas condições de sobrevivência ou de enfrentamento da vida com dignidade.

Fatos que compreendem a desigualdade social é um dos fatores mais abrangentes que agravam o quadro da violência. Os homicídios, por exemplo, concentram-se em bairros pobres e atingem em proporção muito maior a população paupérrima. A situação é ainda mais preocupante quando se conjugam a desigualdade e o racismo, apesar de ser um fato histórico, mas permanece até os dias atuais.

Outra situação a ser ventilada nesta oportunidade é a diferença de renda entre as pessoas que lutam pela sobrevivência em relação aos privilegiados, um fato que contribui para os assaltos e que vem se avolumando sem que haja alguma solução plausível que possa minimizar a situação dos menos favorecidos pela sorte.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.