Correção de uma injustiça

Demorou, mas Catanduva finalmente passou a oferecer atendimento especializado para a população trans na rede pública de saúde. Muito além de falar sobre respeito à diversidade, que deveria vir do berço, é preciso frisar que a conduta da Secretaria Municipal de Saúde permite a correção de uma injustiça no que se refere ao direito à saúde. A hormonioterapia agora oferecida no CEM é um dos recursos disponíveis para a transição de gênero de mulheres trans, cujo sexo designado no nascimento foi o masculino, mas que se identificam e se expressam no feminino. O objetivo da terapia hormonal feminizante é promover mudanças corporais que fazem com que a aparência física da pessoa esteja de acordo com sua identidade de gênero, proporcionando maior bem-estar físico, mental e emocional. É essencial que a hormonioterapia seja feita sob orientação médica, depois de realizada a avaliação e os exames necessários. O apoio psicológico é outro fator importante. Os hormônios não devem ser usados por conta própria, pois isso pode causar danos irreversíveis à saúde e até levar à morte. Quando há acompanhamento, os efeitos colaterais são administráveis, podendo ser feita a troca de hormônio, mudança na dose, no intervalo de uso ou via de administração. Sem a assistência necessária, além dos riscos citados, a pessoa pode não atingir as modificações físicas esperadas. Esse novo serviço oferecido pela Secretaria de Saúde representa sensibilidade e avanço, favorecendo a população LGBTQIA+ que precisa, mais do que nunca, ter seus direitos respeitados.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.