Copa do Mundo

É óbvio que a Copa do Mundo do Xadrez não muda a vida das pessoas, como a do futebol, no sentido de sair mais cedo do trabalho e se reunir para festas. Até porque o esporte do tabuleiro não combina necessariamente com essa festança futebolística, é algo mais cerebral, por assim dizer, e que também envolve estratégia e silêncio. Apesar disso, há uma parcela da sociedade que acompanha os jogos de xadrez de maneira fiel, fazendo uso das vantagens que a tecnologia oferece, já que as partidas são transmitidas on-line e em tempo real. Arrisque-se, caro leitor, e lance em qualquer mecanismo de busca na internet palavras que se referem ao mundo do xadrez e abra vídeos: certamente você verá longas narrações ao vivo de duelos dos mais diversos. Escreva, por exemplo, Magnus Carlsen versus Luís Paulo Supi, por exemplo. Você vai se deparar com vários vídeos fazendo referência à vitória histórica de Supi, jovem enxadrista de Catanduva e número 1 do país, contra o campeão mundial e número 1 do mundo. O feito improvável aconteceu em uma partida de xadrez on-line, que ganhou muitos adeptos durante a pandemia do coronavírus e estava sendo assistida por aficionados do mundo todo. A vitória, aliás, chamou mesmo a atenção do mundo todo, rompendo as barreiras do xadrez. No mês que vem, Supi será o representante do Brasil na Copa do Mundo que será realizada no Azerbaijão e precisará da torcida de todos nós, ainda que em a distância e em pensamento. Ou, para quem preferir, certamente o evento terá badalação para os fãs da modalidade nas redes sociais, ainda que não ganhe espaço na chamada grande mídia. Catanduva precisa se orgulhar por ter o melhor jogador de xadrez do país e deveria saber valorizar um talento como esse, patrocinando-o e desfrutando da exposição que esse tipo de parceria geraria. Afinal, ele é um dos grandes do mundo.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.